Azeite de Oliva, o Ouro Líquido do Povo Mediterrâneo – Proporciona mais que Beleza Física

Azeite de Oliva, o Ouro Líquido do Povo Mediterrâneo -Proporciona mais que Beleza Física
Cientistas de diversas universidades européias publicaram um trabalho no periódico Diabetes Care, da Associação Americana de Diabete, em que compararam exames de imagem de voluntários, antes e depois do consumo do óleo de oliva e observaram que esse bom hábito diminuiu os depósitos de banha no abdômen. O sumo das azeitonas evita a barriga indesejada.

O consumo de óleo extraído da oliva, além de combater a osteoporose e inflamações, caso da gastrite, evita o acúmulo da gordura visceral, facilitadora de doenças cardiovasculares e diabete.

A gordura monoinsaturada, que predomina no azeite, além de varrer o colesterol ruim das artérias, contribui para inibir as barrigas avantajadas, cuja gordura produz substâncias que dificultam a ação da insulina (hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda a glicose a entrar nas células), podendo levar a pessoa a tornar-se portadora do diabete do tipo 2.

É que a gordura monoinsaturada vinda da oliva ocupa o espaço das temidas “trans”, presentes nas margarinas, e das saturadas, que estão nas carnes vermelhas.
Diz o nutrológo e cardiologista Daniel Magnoni, do Instituto de Metabolismo e Nutrição (SP/SP): “Diferentemente da mono, que faz as taxas do mau colesterol despencarem, a dupla tem relação com a subida do LDL”.
 
Os povos do Mediterrâneo, que historicamente regam seus pratos com óleo de oliva, parecem que são menos propícios a ameaça de infarto. É sabido que eles também consomem verduras, frutas e peixes, alimentos que também são protetores dos vasos sanguineos, entretanto, para gregos, italianos e espanhóis, nenhum desses tem maior preferência do que o azeite.
O Prof. Jorge Mancini (USP) que esteve na Espanha pesquisando o assunto, constatou que a maioria têm até o hábito de tomar uma colher do óleo em jejum.

Em tese, qualquer tipo de azeite de oliva, pode inibir a gordura indesejada da barriga, entretanto, para evitar as placas nas artérias, de acordo com a análise feita pela Dra. Luciane Faine, bioquímica da Universidade Estadual Paulista de Botucatu-SP, há vantagens no azeite do tipo extravirgem. Diz ela que “na produção do extravirgem a pressão física da oliva, que é feita sem adição de produtos químicos, preserva as moléculas antioxidantes”, compostos que inibem colesterol.

E como os polifenóis do óleo extravirgem se acumulam no plasma sangüíneo, os radicais livres que oxidariam o colesterol a ponto de ele estacionar nas paredes dos vasos ficam praticamente fora de ação”, conclui ela.

É com razão que o azeite de oliva é apelidado pelos mediterrâneos, de “ouro líquido” pois além dos benefícios acima:

– Pesquisadores da Universidade de Valme (Espanha), observaram que o óleo de oliva contém substâncias com efeito bactericida, capazes de combater a Helicobacter pylori, microorganismo por trás da gastrite (artigo publicado recentemente no Journal of Agricultural and Food Chemistry);

– Cientistas do Instituto Monell (EUA), encontraram no azeite, uma molécula  (oleocanthal) que inibe a atividade de enzimas envolvidas em inflamações. Um composto de ação idêntica à de analgésicos e que, portanto, é infalível contra as dores. Então, é provável que o consumo regular ofereça alívio para os que sofrem de dores crônicas;

–  Pesquisadores da Universidade de Jáen (Espanha), notaram que o consumo de azeite está associado à menor incidência de fraturas. Embora falte elucidar o porquê, o efeito foi demonstrado em um grupo de 334 voluntários;e

– Um recente trabalho publicado na revista da Sociedade Européia de Oncologia diz que a gordura monoinsaturada do óleo de oliva diminui o risco do câncer de cólon. Pesquisas anteriores já apontaram a ação preventiva em outros tumores, como o de mama.

E, ao contrário do que muitos pensam, o óleo de oliva não está proibido de ir para a panela, já que sua composição é bastante estável. Só não vale fritar ou abusar de temperaturas altas pois quanto maior o calor, maiores as perdas dos compostos benéficos
De acordo com a matéria, o ideal seria que a pessoa consumisse duas colheres de sopa, por dia, do ingrediente para obter seus benefícios, entretanto, qualquer pessoa de bom senso, nunca age sem antes consultar seu médico.

fonte:Uol/Nutrição-Regina Célia-17/09/07

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